Público X Publis: essa guerra realmente existe?

Público X Publis: essa guerra realmente existe?

Muitas vezes criadores de conteúdo se pegam pensando em um velho dilema: “será que o meu público está curtindo as publis que eu faço?”. Essa é uma dúvida válida, mas talvez não pelos motivos que o criador de conteúdo pensa ter. É normal reavaliar o seu conteúdo e as parcerias pagas, mas se você acha que seguidores de um influenciador automaticamente não estão afim de ver e consumir conteúdo publicitário, você está bem enganado.

Segundo a pesquisa “O post é pago, e aí?” realizada pelo Instituto Qualibest, 76% dos seguidores de criadores de conteúdo digital entrevistados afirmam que já compraram algum produto ou serviço específico graças à indicação de um influenciador digital. Essa é a conversão, fase importante que já mencionamos na Parte 4 da série de textos sobre a da Jornada do Consumidor (você pode conferir o texto clicando aqui).

Dentre os nichos que foram consumidos pelos seguidores de creators, estão as áreas de beleza, livros e modas e acessórios. São produtos dos mais variados setores que são vendidos com facilidade através da opinião de um influenciador, que é considerado por muitos, a mistura perfeita entre um especialista no assunto e um comunicador potente e íntimo.

Por isso que, de acordo com a mesma pesquisa do Instituto Qualibest, 72% dos entrevistados não acham que a credibilidade do produto ou serviço diminui quando eles sabem que o influenciador foi pago para divulgá-los. A confiança no produto não é reduzida porque ela está diretamente conectada ao modo que a audiência enxerga o influenciador. A convicção de que ele não vai mentir ou enganar seus seguidores, a custo de sua própria credibilidade, é suficiente para garantir uma publi de sucesso e que impacta muito.

O mesmo vale para o outro lado.

A porcentagem igual de 72% dos entrevistados discorda que a confiança no influenciador é reduzida quando ele é pago para divulgar um produto ou serviço. O público não é ingênuo. Os seguidores de influenciadores sabem e entendem que é assim que funciona o mercado e a vida de um criador de conteúdo digital. O que eles esperam não é a ausência de pagamento entre a marca e o criador, mas sim a presença da verdade e da coerência.

Os seguidores de um influenciador confiam nele o suficiente para entender que ele deve e vai fazer publis, e também confiam o suficiente nele para saber (ou ao menos esperar) que ele vá promover apenas as marcas nas quais ele confia. E é por isso que, quando você é um influenciador, atrelar seu nome a uma marca não é só uma obrigação momentânea, é também uma responsabilidade.